quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O poder de um abraço

Como participantes do programa "T Vantagens" da Telefônica/TVA, há meses eu e a patroa aproveitamos diversas peças de teatro 100% na faixa (há ingressos para cinema também). Acabo de assistir e recomendo a peça "Mirandolina", em cartaz no Teatro Bibi Ferreira (São Paulo - SP). É uma comédia que mistura de forma muito criativa a arte e o jogo da sedução que envolve um grupo de personagens do século XVIII (cujo comportamento e máscaras podem ser perfeitamente encontrados em qualquer palco real de nossa vida contemporânea...). A peça é pincelada aqui e ali por um elemento atemporal que gera um contraste e tanto às roupas de época: música disco! Só vendo para crer (e apreciar) o resultado dessa fusão inusitada...


Mas o motivo deste post é outro! Enquanto aguardávamos o início do espetáculo, uma cena se desenrolava na área de espera do teatro: um grupo de atores terminara uma reunião e seus integrantes começaram a se despedir uns dos outros. Homens ou mulheres, velhos ou novos, mais reservados ou mais extrovertidos: todos trocaram fortes abraços, no melhor sentido da palavra, simplesmente para dizer "até amanhã!". Sabe aquele abraço verdadeiramente energético, revigorante, de troca, de permissão, de TRANSFERÊNCIA DE AMOR? Então: é desse que estou falando. Aliás, se você nunca abraçou ninguém assim, trate de se preocupar...

Esse abraço gostoso é o que eu gosto de trocar com meus verdadeiros amigos e com as pessoas cujo laço fazem o ato valer. Não importa se você vê a pessoa todos os dias. Abrace-a! O poder de um abraço é impressionante. Ele aproxima e transforma as pessoas. Quando chego em casa depois de um dia de trabalho e encontro minha esposa, não há apenas beijo: há um abraço bem apertado também!

É comum encontrar pessoas fechadas e resistentes ao abraço. Você já se encontrou em situações onde você tentou abraçar alguém que você quer bem, e ela até chega a colocar o corpo de lado para não receber o seu abraço? E o que dizer daquela pessoa que abraça com os braços duros e esticados, para não deixá-lo chegar perto e trocar energia? É muito triste.

Ainda bem que os verdadeiros abraços compensam, e muito, aqueles que ficam incompletos, resultados da repressão do amor que muita gente insiste em cultivar. É engraçado e irônico ver como as pessoas tem facilidade para verbalizar frases como "um grande abraço" ou "forte abraço", mas no momento de incorporar isso... cadê? Muita gente encaminha apresentações PowerPoint com frases de efeito sobre abraço e amizade, mas não vive nada disso na prática. Pare um pouco de enviar mensagens eletrônicas, encontre pessoalmente quem você gosta e abrace muito!

Cada vez que falo em "abraço de verdade", lembro-me como se fosse hoje do abraço de minutos que recebi de meu padrinho e irmão de alma, Alexandre Ricardo Alves (nosso querido Alê), no meio da cerimônia do meu casamento. Enquanto a noiva e todos os presentes achavam que o abraço não ia terminar nunca, hehehe, o tempo parou para nós. Foi mágico e inesquecível. Aproveito este post para agradecer à você, irmão, por estar na minha vida.

O mundo precisa abraçar mais (aliás, se não me engano, dia 11 de fevereiro é o Dia Mundial do Abraço). Ponha essa idéia em prática! Demonstre seu afeto e seu amor! Abrace mais! Se você é homem e tem um grande amigo também homem, beije-o no rosto na hora do abraço! Livre-se das amarras que não deixam seu espírito evoluir! Demonstre seu afeto à quem você gosta! ISSO é ter amigos de verdade! Provavelmente, sua lista com essas pessoas muito especiais sempre será pequena em quantidade, mas, ao mesmo tempo, é um dos maiores tesouros que Deus pode lhe conceder.

Os braços se enlaçam. Segundos transformam-se em horas.
O cérebro tenta ficar em slow motion...
Os olhos se fecham, mas as pupilas continuam dilatadas.
A boca se move lentamente, e você troca palavras de felicidade...
O coração entra em uma cadência carinhosa...

Sinta-se abraçado(a) por Rodrigo Rudiger!

domingo, 13 de setembro de 2009

McObrigação

A "tolerância zero" é uma das características muito comuns em virginianos. E de vez em quando, o cotidiano a coloca em teste, como prova o que me aconteceu ontem, na fila do McDonald's. Depois de terminar o meu pedido, a atendente perguntou: "O senhor deseja uma água para acompanhar?". Fiquei imaginando para que diabos eu iria querer uma água para acompanhar o trio do lanche que já vem com um refrigerante de 500ml, mas deixei passar essa e respondi simplesmente "Não, obrigado".

Após terminar de escrever meu pedido na prancheta, a atendente olha para mim novamente e manda o seguinte: "O senhor tem certeza de que não quer a água?". De imediato, imaginei que minha cara deveria estar com uma aparência murcha, ou, sei lá, talvez ela estivesse avaliando se eu estava desidratado. É claro que perguntei: "Sim, não quero mesmo. Mas por que você está me perguntando isso?". E ela, com uma naturalidade que não sei da onde surgiu, respondeu bela e simples: "É que meu chefe colocou uma meta onde eu preciso vender 20 copos de água por dia, e até agora eu só consegui vender 2. Compra um vai?".

PQP!! E o kiko?? Depois EU é que sou chato? Hummm... pensando bem agora, ela deveria ser virginiana também. Ah, Saraiva: você era o mestre!

sábado, 12 de setembro de 2009

No início, era o chato

Com este pontapé inicial, cria-se mais um marco na vida deste virginiano típico! Não há mais como adiar os registros das observações que se acumulam. Espero que este blog tenha uma vida longa (e sistemática). No futuro, quem sabe, as informações podem servir de base para algum estudo avançado da antropologia cultural ou mesmo como instrumento para a chacota coletiva. Ficarei feliz de qualquer forma :-)